Salmo 15:1-5
1Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte?
2Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo; que de coração fala a verdade
3e não usa a língua para difamar; que nenhum mal faz ao seu semelhante e não lança calúnia contra o seu próximo;
4que rejeita quem merece desprezo, mas honra os que temem o Senhor; que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado;
5que não empresta o seu dinheiro visando a algum lucro nem aceita suborno contra o inocente. Quem assim procede nunca será abalado!
O que está escrito no Salmo 15?
Bem-vindos ao terreno sagrado e poético dos Salmos, desvendaremos hoje o décimo quinto, uma jóia incrustada na sabedoria bíblica. O Salmo 15 é um convite à reflexão, uma carta de princípios morais, endereçada aos que aspiram habitar no santuário sagrado do Senhor.
Na tradução mais próxima de nossa língua portuguesa, o Salmo começa: "Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu monte santo?" De imediato, somos conduzidos à pergunta existencial: quem é digno de viver em comunhão com o divino?
O texto delineia, em seguida, as características desse aspirante à comunhão sagrada: a pessoa de irrepreensíveis atos, cujo coração profere a verdade, que não usa a língua para difamar, não causa mal ao próximo, nem lança opróbrio contra o seu vizinho. Um perfil moral que transcende religiões e credos, representando uma ética universal, uma personificação da bondade e da justiça.
No fim das contas, esta passagem deixa-nos uma pergunta e uma resposta. A pergunta é o início de uma jornada introspectiva, uma verificação íntima de nossas ações e intenções. A resposta, por sua vez, esboça o retrato daquele que é merecedor da presença divina. Não fala de riquezas materiais ou poder terreno, mas da riqueza do caráter, da força moral e da justiça. Nesse sentido, o Salmo é mais do que uma leitura religiosa, é um espelho para a alma e um guia para uma vida mais digna.
