Salmo 5:1-12
1DÁ ouvidos às minhas palavras, ó Senhor, atende à minha meditação.
2Atende à voz do meu clamor, Rei meu e Deus meu, pois a ti orarei.
3Pela manhã ouvirás a minha voz, ó Senhor, pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei.
4Porque tu não és um Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal.
5Os loucos não pararão à tua vista, odeias a todos os que praticam a maldade.
6Destruirás aqueles que falam a mentira, o Senhor aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento.
7Porém eu entrarei em tua casa pela grandeza da tua benignidade, e em teu temor me inclinarei para o teu santo templo.
8Senhor, guia-me na tua justiça, por causa dos meus inimigos, endireita diante de mim o teu caminho.
9Porque não há retidão na boca deles, as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto, lisonjeiam com a sua língua.
10Declara-os culpados, ó Deus, caiam por seus próprios conselhos, lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões, pois se rebelaram contra ti.
11Porém alegrem-se todos os que confiam em ti, exultem eternamente, porquanto tu os defendes, e em ti se gloriem os que amam o teu nome.
12Pois tu, Senhor, abençoarás ao justo, circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo.
Na busca pela essência da fé, nos perdemos em labirintos de reflexão, estabelecendo morada no sétimo versículo do Salmo 5, a luz vem ao encontro de nossa perplexidade.
É aí que ecoam as palavras do salmista, em sua súplica matutina por orientação e justiça: “De manhã ouves, Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança”.
Uma enunciação de entrega e confiança que, em tempos de incertezas, soa como um delicado e corajoso ato de resistência ao desespero, um refúgio seguro nas promessas de um poder superior.
No entanto, além da busca por direção e justiça, o Salmo 5 traça uma linha tênue entre o bem e o mal, exaltando o Deus justo e repreendendo o ímpio.
“Pela manhã ouvirás a minha voz, ó Senhor, pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei.”
Percebemos assim, um apelo moral e espiritual que ressoa ao longo dos séculos, expressando a perene tensão humana entre o virtuoso e o profano.
As palavras do salmista continuam ecoando, um reflexo de nossa busca constante por orientação, por um caminho que nos conduza para além de nossas próprias limitações.
O Salmo 5, qual pincelada de eternidade sobre a tela do cotidiano, serve como um farol em meio a tempestade do viver.
De autoria atribuída ao rei David, é uma poesia do coração humano em sua mais pura expressão de fé, de clemência e de pedido por justiça.
Nas palavras do salmista, percebe-se a angústia que permeia os desafios da existência, as incertezas que fazem morada em nosso peito, e também a convicção inabalável de que, em meio a toda tribulação, há uma presença maior, guiando nossos passos, ouvindo nossas preces e protegendo-nos contra as injustiças que teimam em nos assolar.
E qual é a lição desse ancião dos tempos, impresso no tecido da história e transmitido de geração em geração?
O Salmo 5 serve como um convite à introspecção, à busca pela paz e pela justiça no mundo interior, para então expandir essa conquista ao universo que nos cerca.
Nos versos sagrados, há um chamado para enfrentarmos o mundo com coragem, para encararmos as injustiças não com revolta, mas com uma fé serena e a certeza de que há um propósito maior por trás de cada provação.
Ao orar o Salmo 5, depositamos nossas esperanças e temores nas mãos da divindade, e assim relembramos que somos mais do que os olhos podem ver, e que, mesmo em meio às batalhas da vida, somos portadores de uma força indescritível, que nos permite seguir adiante.
Neste Salmo encontramos um homem confrontado por um mundo turbulento, um líder em busca de orientação, um poeta tentando desvendar os mistérios que pairam no espaço entre a humanidade e o céu.
E é nesse limiar, nessa fronteira entre o celestial e o terreno, que Davi ergue sua prece, com esperança, anseio e uma fé inabalável.
Davi não é apenas um rei, mas também um compositor de hinos, um homem que traduz sua existência em poesia e música, uma alma que compreende a intrincada teia que conecta o divino e o humano.
Davi escreveu o Salmo 5 não apenas como uma oração, mas como um testemunho de vida, um hino de esperança e um lembrete de que, mesmo em meio ao tumulto do mundo, há uma voz que se eleva em louvor, em busca de justiça e orientação.
Esta passagem bíblica um atestado da sua humanidade, da sua fé e da sua entrega aos desígnios de Deus.
Este é o Davi que acorda ao alvorecer para falar com o seu Senhor, um homem que, mesmo no ápice do poder, encontra em sua vulnerabilidade a verdadeira forças.
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